O amor sempre é bom....

Vejo muitas pessoas no mundo se reclamarem que sofrem por amor, que não conseguem dormir por conta de uma pessoa a quem entregaram seu coração e não tiveram suas expectativas correspondidas. Bom, eu já fui, e talvez seja até hoje, uma dessas pessoas. Se fosse lembrar os casos de torturas sentimentais que já tive que enfrentar nesses meus pouquíssimos anos de vida, certamente não teria mais tempo para concluir esse assunto. O mais importante de tudo e o que vai servir de base para o que vou falar é a experiência que pude aprender com cada uma dessas tragédias gregas (apelido carinhoso que dou aos meus desastres amorosos). Então vocês talvez se perguntem: como eu posso falar que o amor sempre é bom, visto que eu não passei por uma experiência dessas ainda?! A vida, caros amigos! Esta que é o nosso maior professor me ensinou através da vivência e da observação que existe uma sutil, ou melhor, enorme diferença entre amor e o que nos pensamos ser ‘o amor ‘(a loucura minha de cada dia ‘paixão’).

Quantas vezes não já olhamos alguém e falamos: - Essa foi feita pra mim. E quando os nossos olhos se cruzam sentimos uma ternura, sentimento de satisfação indescritível. Logo pensamos, é amor... Os sininhos começam a tocar em nossas cabeças, nosso coração começa a bater mais forte cada vez que a vemos. E de repente metade do nosso dia é ocupado pela doentia vontade de estar do lado dela, ou pelo menos vendo sua imagem. E quando menos esperamos já nos vemos na frente do espelho desesperados e nos afogando em nossas próprias lágrimas. Isso é deprimente, porem uma realidade constante na vida de muitos de nós. Não se enganem. Isso não é amo. Tudo bem! Você encontra essa pessoa, sente tudo isso por ela, mas não faz a pergunta mais importante, a que responde se é amor ou não. Você se pergunta se ela sente o mesmo por você? É essa a pergunta que muitas das vezes nos faz perceber que estamos sendo patéticos. Rimos, sonhamos, sofremos, choramos e tudo por alguém que muitas das vezes nem nota nossa presença e não se importa se estamos vivos ou não. O amor é um sentimento que existe entre dois seres. É quando todos esses sintomas que eu comentei anteriormente acontecem reciprocamente entre os dois envolvidos. Esse amor é lindo! Esse amor é divino! E quando encontramos pessoas que tem a honra de viver esse amor, nos da até uma invejinha branca, uma vontade de que um dia possamos viver as mesmas coisas. Mas ainda não é nesse amor que eu quero chegar.

Na Bíblia, uma de suas citações mais lembradas é uma que fala mais ou menos assim: “Ama a teu próximo como a ti mesmo.” É bem ai que eu quero chegar, nesse amor que foi destacado pela palavra de Deus e nós muitas vezes não nos damos conta. Deus nos aconselhou a amarmos outro ser, mas ele disse que devemos amar como a nós mesmos. Isso é a maior prova de que o amor próprio é o principio do amor verdadeiro entre dois seres. E observando muitas das minhas burradas cometidas nos meus ‘pouquíssimos anos de vida’ eu acredito nisso com mais força. É esse amor que nos cura da paixão desregrada. Quando temos amor próprio, dificilmente ficamos sofrendo, sonhando, chorando na frente do espelho por alguém que nem liga para isso. Coitadas, muitas das vezes ninguém tem culpa por isso acontecer. O importante é que tendo amor próprio vamos saber esperar por alguém que vai realmente viver uma verdadeira história de amor conosco. E por mais que possamos cair na besteira de nos apaixonar novamente, estaremos vacinados contra isso.

Não podemos escolher por quem nos apaixonamos. Mas temos o poder de decidir por quem continuamos apaixonados.